Nobel da Paz é líder evangélico e pentecostal
Primeiro-ministro da Etiópia trabalhou para resolver conflito em fronteira em seu país
O primeiro-ministro da Etiópia Abiy Ahmed Ali (43 anos), foi o vencedor do 100° Nobel da Paz por colaborar ativamente para o término do conflito da fronteira entre Etiópia e Eritreia, localizada ao leste da África. O conflito durou algumas décadas, deixando cerca de 80 mil mortos.
Abiy Ahmed é membro da Ethiopian Full Gospel Believers Church. Igreja evangélica da Etiópia. O comunicado sobre a premiação foi feito em Oslo, Noruega, durante a manhã desta sexta-feira (11). A organização tal prêmio lembrou:
“quando Abiy Ahmed se tornou o primeiro-ministro em abril de 2018, ele deixou claro que desejava retomar o ritmo das negociações com a Eritreia. Em estreita cooperação com o presidente da Eritreia, Abiy Ahmed rapidamente elaborou os princípios para um acordo de paz que acabasse com o impasse entre os dois países”.
O Nobel da Paz é um dos prêmios criados pelo sueco Alfredo Nobel, inventor da dinamite. O prêmio é atribuído tanto a pessoas, individualmente, quanto a organizações.
Ao ser informado sobre sua premiação ele, bastante emocionado, fez um desabafo.
“É um prêmio dado à África, dado à Etiópia, e posso imaginar como os outros líderes da África serão incentivados a trabalhar no processo de construção da paz em nosso continente. Estou muito feliz e emocionado com a notícia. Muito obrigado, é um grande reconhecimento“, declarou Abiy.
O ministro já havia apresentado a vontade de promover a paz entre os povos desde 2018. Ano em que assumiu o cargo de primeiro-ministro. Ele é o mais novo representante da África a assumir cargo de liderança.
Assim que premiação foi realizada gabinete do primeiro-ministro se pronunciou dizendo que se tratava de um reconhecimento coletivo.
“são uma vitória coletiva para todos os etíopes e um chamado para fortalecer nossa determinação em tornar a Etiópia, o novo horizonte de esperança, uma nação próspera para todos”.
Outro cristão pentecostal já havia ganho, em 2018, o Nobel da Paz. Seu nome é Denis Mukwege (63 anos), médico. Denis dividiu as honras, prêmio, com Nadia Mura (25 anos) vítima do Estado Islâmico.